O Buda de Leshan


O Grande Buda de Leshan é um precioso patrimônio histórico da China; localizado na montanha Lingyun, a leste do monte Emei, em Sichuan. É a maior estátua de Buda do mundo com 71 metros de altura, esculpida durante a dinastia Tang, sobre o arenito vermelho, na encosta da montanha.

Sua localização não foi escolhida ao acaso. O buda está erguido na região exata onde os rios Ming, Dadu e Qingyi correm um ao lado o outro, e sua edificação visava aproveitar a força sagrada budista para controlar as inundações desses rios. Deste modo protegeria os navegantes, pois a história conta que aquele local era extremamente perigoso para a navegação. Verdade ou não, desde feito o buda o local se tornou seguro para a passagem dos barcos.
Esta obra começou através de um monge chamado Haitong, ao visitar a província de Sichuan, decidindo ali construir a estátua. Sendo assim, passou a pedir esmolas em todo o país. Também foram utilizados fundos públicos do governo regional para a construção, e com tal verba lhe veio a ameaça de um funcionário local, dizendo que iria cegá-lo se não aceitasse um corte dos fundos recebidos. Como resposta o monge arrancou seus próprios olhos, mostrando o seu comprometimento e protegendo o dinheiro arrecadado.
Livre de qualquer empecilho, o pioneiro da obra seguiu no seu projeto por 20 anos, obtendo os primeiros recursos, e viera a falecer depois de construir a cabeça da estátua. No entanto, o trabalho, que teve inicio em 713 d.C., continuou através das gerações seguintes, concluindo o buda 90 anos depois.
Depois de sua construção, havia sido desenvolvido um quiosque de 13 pisos para proteger o local. Mas o que se pode encontrar hoje são alguns vestígios de sua existência nas encostas e no corpo do buda, pois esta parte foi destruída numa guerra.
O Buda pode ser visto de longe, em seus variados ângulos. Sua cabeça mede 14,7 metros, com largura de 10 metros; a orelha possui 7 metros de altura, já o nariz e sobrancelhas possuem 5,6 metros; os olhos medem 3,3 metros; os ombros 24 metros. O pé é de 8,5 metros de largura.
Além de sua magnitude, na obra existe um impressionante sistema de drenagem de água, muito bem projetado e invisível, incrustado nos franzidos dos vestuários, nos braços e costas da estátua, de maneira que a água é drenada oportunamente, facilitando a ventilação, e prevenindo assim o desgaste natural do monumento.
Para chegar perto do pé da estátua é preciso descer a íngreme escadaria das nove voltas. A fila é constante e muito freqüentada pelos turistas. A saída do local se dá por meio de cavernas e túneis, dentro da montanha.

O Grande Buda de Leshan foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 1996.

Pompéia - Destino perturbador e aterrorizante

A cidade de Pompéia, na Itália, é localizada a 22 quilômetros da moderna Nápoles (ao sul do país), tendo como seu grande algoz o vulcão Vesúvio, que provocou a destruição de toda uma cidade no dia 24 de Agosto, no ano de 79 d.C. numa erupção violenta, expelindo grandes quantidades de pedras incandescentes, lava vulcânica, poeira e fumaça tóxica. A intensa chuva de cinzas sepultou a cidade inteira e quase toda população morreu soterrada. Cidades vizinhas de Herculano e Stabia sofreram a mesma catástrofe.

Esta tragédia ocultou a existência desta cidade por 1600 anos sendo redescoberta por mero acaso. No final do século XVIII um agricultor da região que ao trabalhar pela redondeza encontrou um muro da cidade. Dois séculos seguintes e o lugar foi escavado por arqueólogos, sendo encontrados casas, prédios, aquedutos (sistemas de condução de água), teatros, lojas e outras construções. Também foram achados pinturas em paredes (afrescos) e objetos, que ajudaram a revelar aspectos do cotidiano deste local, pertencente ao Império Romano.

Além das edificações, foram descobertos vários corpos petrificados, em posição de proteção, moldadas pela lava e cinzas, registrando o momento exato ao qual foram atingidas pela erupção do Vesúvio. Visão esta que impressionou os pesquisadores pelo perfeito estado.

Atualmente, é um dos mais populares destinos turísticos da Itália. Por ano recebe em torno de 2.5 milhões de pessoas.